
A Sandra Carapeto trocou Algueirão-Mem Martins por Copenhaga para seguir um caminho inovador na medicina veterinária. Como doutoranda na Universidade de Copenhaga, investiga estratégias para o controlo de epidemias, combinando medicina e ciência de dados. Nesta entrevista, fala sobre o que a levou a emigrar, as diferenças culturais no meio académico e como pretende contribuir para a SPOT Nordic. Descobre mais sobre a sua história! 🎙️🇩🇰
▶️ Quem és? Sou a Sandra Carapeto, uma rapariga da periferia de Lisboa, mais precisamente de Algueirão-Mem Martins, uma das freguesias mais populosas da União Europeia. 🏙️🇵🇹
Venho de uma família simples e modesta, sendo das primeiras a frequentar a universidade. Desde os 6 anos, sonhava ser médica veterinária e, felizmente, concretizei esse objetivo. Em outubro de 2022, finalizei o mestrado integrado em Medicina Veterinária. 🩺🐾
Tive o privilégio de estagiar em Roma, na Organização Mundial de Alimentação e Agricultura das Nações Unidas, onde começou a minha jornada fora de Portugal. Após o estágio, tornei-me consultora e, mais tarde, iniciei o doutoramento na Universidade de Copenhaga, onde estou atualmente. 🎓🌍
Sou uma pessoa terra-a-terra, com objetivos bem definidos. Gosto de viajar, de me manter ativa e de ser constantemente desafiada. Tanto aprecio o conforto de um filme em casa como uma caminhada de 20 km nas montanhas. Não gosto é de monotonia! 🏔️🎥
Nos próximos anos, estarei na Dinamarca a concluir o meu doutoramento e, posteriormente, a finalizar a residência de especialidade em saúde pública. 🇩🇰🔬
▶️ O que fazes? Atualmente, sou doutoranda na Universidade de Copenhaga. Embora seja médica veterinária, trato dos animais à distância… algo que costuma surpreender muita gente! 🏥📊
O meu doutoramento é focado na epidemiologia e no controlo de epidemias, como a COVID-19 e a gripe das aves. Combino medicina veterinária com ciência de dados, utilizando dados recolhidos em produções aviárias para otimizar protocolos vacinais e prever os melhores tratamentos para cada situação. Basicamente, programo código e visito produções para encontrar estratégias eficazes no controlo de doenças. 🦠💻
▶️ Como é um dia normal? Acordo por volta das 06:30 e chego ao trabalho às 08:30. O meu dia começa com a revisão de e-mails, seguida de trabalho em código, leitura de artigos ou reuniões com laboratórios, autoridades dinamarquesas e a minha equipa. 📩📖
Às 12:00, temos um momento especial: toda a equipa almoça junta na biblioteca, algo que me surpreendeu desde que cheguei à Dinamarca. Por vezes, antes do almoço, há um grupo de corrida – é fascinante ver como aqui o bem-estar físico é incentivado no ambiente de trabalho. 🏃♀️🥗
Depois do expediente (por volta das 16:30), vou ao ginásio, encontro amigos ou participo em reuniões online com Portugal e associações. À noite, janto e descanso por volta das 22:30. 🏋️♀️🌙
▶️ Quais os aspetos que mais valorizas ao viver na tua cidade e país? Na Dinamarca, a qualidade profissional é altamente valorizada. O equilíbrio entre trabalho e vida social é algo fascinante, e saber que o meu trabalho tem impacto real é extremamente motivador. ⚖️💼
▶️ O que valorizas em Portugal enquanto emigrante que não davas importância enquanto residente? Sempre soube que Portugal era o lugar onde poderia ser mais feliz. A minha estadia no estrangeiro deve-se apenas à falta de oportunidades na minha área. Valorizo o clima, as paisagens, a comida, a empatia e, acima de tudo, os meus familiares e amigos.☀️
▶️ Na tua opinião, quais as áreas prioritárias de colaboração entre Portugal e os países nórdicos? A educação! Seria ótimo fomentar parcerias entre universidades portuguesas e nórdicas, através de intercâmbios e projetos de investigação conjunta, especialmente nas áreas de saúde pública, energias renováveis e ciência de dados. 🔬♻️
Além disso, Portugal poderia aprender muito com os sistemas de sustentabilidade e reciclagem dos países nórdicos, adaptando-os ao nosso contexto. 🌱🌍
▶️ Porque é que decidiste fazer parte da SPOT Nordic? Na verdade, sinto que foi a SPOT Nordic que me escolheu, e aceitei o desafio! 😊
Queria conhecer melhor o papel das associações de graduados portugueses no estrangeiro e perceber o impacto real que podem ter. Acima de tudo, quero aprender e contribuir da melhor forma possível. 🤝
▶️ Como podes contribuir para a equipa da SPOT Nordic? Como faço parte da UCAPS (Associação de Estudantes de Doutoramento e Pós-Doutoramento da Universidade de Copenhaga) e do PAND (Associação de Doutorados na Dinamarca), posso ajudar a SPOT Nordic a estabelecer redes de contacto com doutorandos e investigadores em diferentes universidades. 🔗🎓
O meu objetivo é compreender ambas as perspetivas e promover colaborações. 💡🤝

▶️ Quais os projetos que mais te interessam na associação?
Eventos anuais e o mapeamento das colaborações de investigação entre países. 🗺️📊
▶️ Uma mensagem final que gostarias de partilhar com o mundo: "O que é normal para ti, não é o normal para os outros. Sê tolerante!" 💙🌍
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