Com o objetivo de homenagear a médica e grande investigadora Maria de Sousa, contribuindo para a investigação na área das Ciências da Saúde, a Ordem dos Médicos e a Fundação BIAL promovem, em parceria exclusiva, o Prémio Maria de Sousa, que visa galardoar e apoiar até cinco jovens investigadores científicos portugueses, com idade igual ou inferior a 35 anos, em projetos de investigação na área das Ciências da Saúde, incluindo obrigatoriamente um estágio num Centro Internacional de Excelência.
Iniciado em 2021, este prémio visa premiar até 5 candidaturas no valor de 30.000€ cada, perfazendo um total de 150.000€. O prazo de candidaturas iniciou-se no dia 1 de janeiro e termina a 31 de maio de 2023.
É possível aceder à página afeta ao prémio através do site da Fundação BIAL.
Para aceder ao regulamento basta clicar aqui.
O formulário de candidatura está disponível através deste link.
Quem foi Maria de Sousa?
Maria Ângela Brito de Sousa GOSE • GCSE • GOIH (Lisboa, 17 de outubro de 1939 – Lisboa, 14 de abril de 2020) foi uma cientista imunologista, escritora e professora universitária portuguesa.
Formou-se na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. Exerceu atividade científica em Inglaterra, Escócia e Estados Unidos, tendo sido Professora Assistente na Universidade de Glasgow (Escócia), onde fez o doutoramento em Imunologia, Professora Associada na Escola de Estudos Pós-graduados de Cornell Medical College (Nova Iorque) e, simultaneamente, Membro Associado e Diretora do Laboratório de Ecologia Celular no Instituto Sloan Kettering de Investigação em Cancro (SKI), em Nova Iorque (EUA). Em 1984, regressa a Portugal para o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, na Cidade do Porto, iniciando nesse mesmo ano o Mestrado em Imunologia. Em 1987 torna-se Professora Catedrática de Imunologia do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto.
Ao longo da sua carreira, Maria de Sousa reuniu um valiosíssimo arquivo pessoal, meticulosamente produzido na sua atividade de investigadora e de professora catedrática, que constitui uma fonte inesgotável para a história da ciência e da tecnologia.
São mais de 60.000 documentos, sendo a maior parte composta por originais da autora, mas também de outros cientistas, correspondência, recortes de jornais e revistas, lamelas de vidro usadas nos microscópios.
Um verdadeiro tesouro científico que Maria de Sousa doou, na íntegra, à Câmara Municipal de Cascais e que, em conjunto com os espólios do Instituto Ricardo Jorge, Reynaldo dos Santos e Bartolomeu Cid dos Santos, constituirá o ponto de partida de um centro de investigação dedicado às relações entre Ciência, Cultura e Arte sediado na Casa Reynaldo dos Santos e Irene Virote Quilhó dos Santos, na Parede.
Em 2014 publicou um livro, Meu Dito Meu Escrito (Gradiva, ISBN 978-989-616-577-2), sobre ciência e cientistas, que reúne textos escritos ao longo de anos, apresentados em conferências, publicados em revistas e jornais, bem como anotações, dedicatórias e memórias.
A Universidade do Porto atribui-lhe o título de Professor Emérito em 2010. O Prémio "Universidade de Coimbra 2011" foi-lhe atribuído pelo seu trabalho sobre o sistema imunológico.
A 20 de janeiro de 2012, foi feita Grande-Oficial da Antiga, Nobilíssima e Esclarecida Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, do Mérito Científico, Literário e Artístico pelo Presidente da República Aníbal Cavaco Silva.
A 18 de novembro de 2016, foi elevada a Grã-Cruz da Antiga, Nobilíssima e Esclarecida Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, do Mérito Científico, Literário e Artístico, das mais altas distinções por mérito literário, científico e artístico, que lhe foi entregue por ocasião do Dia Nacional da Cultura Científica, a 24 de novembro de 2016, pelo Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa.
A 26 de maio de 2017, foi-lhe atribuído o Prémio Universidade de Lisboa, pelo seu contributo notável para o progresso da Ciência e para a projeção de Portugal no Mundo.
Em 2020, a Ordem dos Médicos e Fundação Bial criaram em sua homenagem o Prémio Maria de Sousa para premiar projectos na área das ciências da saúde criados por jovens cientistas portugueses.
Foi homenageada no Dia Mundial da Língua Portuguesa de 2021, no lançamento do livro A Ciência Cura.
Morreu dia 14 de Abril de 2020, vítima da COVID-19, durante a pandemia da doença no mundo.
Fonte: Fundação Bial e adaptações da Wikipédia.
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