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SPOT Nordic dinamiza reunião do Conselho Científico em Copenhaga

Atualizado: 3 de out.


Durante a manhã do dia 26 de setembro teve lugar a reunião do Conselho Científico da SPOT Nordic no espaço La Oficina, onde se abriu o debate sobre o papel da ciência como motor de diplomacia e inovação.


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Enquadramento e Papel do Conselho Científico


A sessão iniciou-se com as boas-vindas a todos os membros do Conselho Científico, presidido por Duarte Ferreira, Professor Associado de Farmacologia no Karolinska Institutet, na Suécia. Da Suécia integra também Iolanda Leite, Professora Associada na divisão de robótica, percepção e aprendizagem no KTH - Royal Institute of Technology.


Da Finlândia, o Conselho inclui Ricardo Correia, Professor Associado na unidade de Biodiversidade na Universidade de Turku, e Inês Peixoto, Professora Associada na universidade de Vaasa em gestão industrial, com foco nas áreas de tecnologia e sustentabilidade.


Com ligações à Noruega e a residir em Portugal, contámos também com um novo membro do Conselho Científico, Ana Lillebø, atual Vice-Reitora e Investigadora principal na Universidade de Aveiro no Departamento de Biologia, onde é também responsável pela coordenação científica de diversos projectos europeus.


De Portugal participaram Nuno Candeias, Professor Auxiliar de Química Orgânica na Universidade de Aveiro, e Maria Helena Nunes, Professora Auxiliar de Bioestatística na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.


Fizeram ainda parte desta reunião, o Presidente da SPOT Nordic, David Pereira de Castro, Lecturer e PHD Fellow em Economia Política Internacional na Copenhagen Business School, e os elementos da SPOT Nordic, Rita Valinhas, secretária da atual direção e coordenadora de projetos, e Daniela Murteira, Estagiária na área da Diplomacia Científica.


Fazem igualmente parte deste Conselho Científico em representação da Dinamarca, Pedro Carvalho, Professor associado e responsável pelo departamento de ciências ambientais na Universidade de Aarhus, e a Joana Lobo Vicente, coordenadora do Conselho Científico na Direção e Especialista em produtos químicos, ambiente e saúde humana na Agência Europeia do Ambiente em Copenhaga.


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Seguiu-se então um enquadramento sobre a missão e o papel do Conselho Científico dentro da estrutura da SPOT Nordic.


Neste ponto, foi sublinhada a importância de reforçar a distinção entre as responsabilidades da associação e as do Conselho: enquanto a SPOT Nordic assume a missão de promover interações, organizar eventos e manter relações diplomáticas, o Conselho Científico é o espaço de tomada de decisão em matéria de investigação, bem como o responsável por assegurar a credibilidade da organização junto de entidades competentes.



Projetos, Candidaturas e Estratégia Europeia


A segunda parte da reunião foi dedicada à discussão de projetos passíveis de candidatura e das formas de melhor posicionar a SPOT Nordic e os seus membros no espaço europeu.


Destacou-se a importância da mentoria para jovens investigadores ou empreendedores, um ponto particularmente relevante face à diferença de contextos entre Portugal e os países nórdicos. Enquanto em Portugal a falta de mecanismos institucionais e de apoio especializado dificulta o processo de candidatura a fundos e projetos, nos países nórdicos a existência de linhas de financiamento robustas e de programas nacionais permite que a investigação avance de forma mais estruturada.


Neste sentido, o objetivo é que a SPOT Nordic desempenhe o seu papel ao facilitar ligações estratégicas, criando pontes entre estruturas de capital nórdicas e europeias e empreendedores, staff (corpo docente em mobilidade), estudantes e investigadores, de modo a superar os desafios de alinhamento entre prioridades de inovação e financiamento. Desta forma o processo de candidatura a fundos seria facilitado e beneficiaria do expertise de quem já possui experiência com este tipo de programas.


Debateu-se também a necessidade de aproximar a ciência da indústria, fomentando a valorização económica da investigação e combatendo a ideia de que ciência e inovação não podem gerar capital. Foram analisadas formas de enquadramento na Europa, nomeadamente através de iniciativas como o programa Eurostars, que apoia projetos colaborativos de Inovação e Desenvolvimento, e de mecanismos que promovam a transição da academia para o mercado. Foi ainda abordado o tema da “legacy exploitation”, frequentemente fragilizado pela falta de investimento, mas que representa uma dimensão crucial para assegurar a continuidade e o impacto dos projetos científicos.


Bolsas, Continuidade e Novas Perspetivas


Por fim, a reunião abordou a questão das bolsas e da continuidade do trabalho já iniciado no âmbito do Conselho Científico. Refletiu-se sobre a execução dos programas existentes e foram partilhadas ideias para o futuro, reforçando a ambição de ampliar o impacto da SPOT Nordic através de novos mecanismos de apoio a investigadores.


Este debate destacou ainda o papel da associação na criação de uma rede sólida e alargada, capaz de promover a transferência de conhecimento e de aproximar agendas científicas e económicas entre Portugal e os países nórdicos.


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Em suma, esta reunião reforçou a convicção de que a investigação deve ser entendida não apenas como produção de conhecimento, mas também como uma estratégia de impacto social, económico e diplomático, sendo a SPOT Nordic um mecanismo fundamental para de forma prática criar incentivos de investimento e de programas de mobilidade no seio da diáspora portuguesa graduada na Dinamarca, Suécia, Noruega, Finlândia e Islândia.



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